Até 2016, todas aerovias (espaço aéreo superior) estarão operando RNAV. Entenda os benefícios!

Um importante marco na evolução da transição das aerovias brasileiras do sistema convencional – baseado em auxílios de navegação em solo, via ondas de rádio – para as rotas RNAV (navegação por área) –  orientadas a partir de satélites e sistemas digitais de bordo – está previsto para o ano que vem. Até o final de 2016, todas as chamadas “aerovias de alta”, acima de 24.500 pés (7.468 metros), geralmente usadas pela aviação comercial (cias aéreas) na etapa de voo de cruzeiro, operarão em RNAV.

A tecnologia vem sendo implementada já há algum tempo no País e é parte do pacote de recursos da Navegação Baseada em Performance (PBN, Performance Based Navigation), que também vem  sendo implementada nas áreas de terminais aéreas, sob a modalidade RNP – Required Navigation Performance (vide vídeo). Sua consolidação na totalidade do espaço aéreo superior do País representa um marco simbólico para a navegação aérea brasileira, inclusive no contexto da aviação mundial.

Com o RNAV, as aeronaves seguem trajetórias de voo mais curtas e diretas; não precisam zigue-zaguear entre auxílios baseados em solo para alcançar seus destinos. Elas são orientadas por meio de satélites e outros recursos digitais, que as auxiliam a manter o curso na demarcação planejada, considerando a navegação aérea  ponto a ponto e não somente a interceptação de radiais e magnéticas.

Divisão vertical do espaço aéreo brasileiro no que diz respeito às aerovias (Arte: Fábio Maciel)
Divisão vertical do espaço aéreo brasileiro no que diz respeito às aerovias (Arte: Fábio Maciel)

Assista ao vídeo em destaque e entenda as diferenças entre as rotas convencionais e as rotas RNAV, bem como os demais recursos da Navegação Baseada em Performance.

 

Daniel Marinho
Jornalista